Esquizofrenia

Esquizofrenia

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia, um transtorno psiquiátrico complexo, é diagnosticada quando uma pessoa apresenta, por pelo menos um mês, um conjunto de sintomas característicos, tais como delírios, alucinações, desorganização da linguagem, catatonia, desorganização do comportamento, falta de razão, de vontade e dificuldade em expressar sentimentos. Caso haja graves delírios, nenhum outro sintoma é necessário para o diagnóstico.

Contudo, o diagnóstico de esquizofrenia deve ser estabelecido apenas após a exclusão de todas as outras possibilidades, uma vez que os sintomas psicóticos podem ser indicativos de outras doenças. Antes do surgimento dos sintomas, ocorre um período chamado “disfunção social/ocupacional”, que pode durar cerca de seis meses, durante o qual o paciente exibe sinais de transtorno. Quando a esquizofrenia se manifesta na infância ou adolescência, é comum observar um desempenho interpessoal e acadêmico abaixo da média.

A prevalência da esquizofrenia atinge aproximadamente 1% da população mundial, sendo mais prevalente em classes socioeconômicas mais baixas. Este cenário se explica, em parte, pelo fato de que cerca de 10% dos pacientes têm histórico familiar da doença. Além disso, os homens parecem ser mais suscetíveis, talvez devido à resposta mais fraca ao tratamento com neurolépticos, a abordagem terapêutica mais comum e eficaz.

Infelizmente, o suicídio representa um desafio significativo para os portadores de esquizofrenia, sendo responsável por 9 a 13% das mortes relacionadas à doença. Esse risco é mais pronunciado nos homens e nos primeiros dez anos após o diagnóstico.

A esquizofrenia foi classificada em diferentes subtipos com base na psicopatologia, curso e resposta ao tratamento. Destacam-se a esquizofrenia paranóide, indiferenciada, desorganizada, residual e catatônica, cada uma apresentando características distintas.

Quanto às causas da esquizofrenia, há várias teorias em discussão. Anteriormente, acreditava-se que desvios na comunicação entre pais e filhos poderiam desencadear a doença. No entanto, outras causas são exploradas, como o excesso de dopamina, a hiperatividade dos neurônios de serotonina e a diminuição da atividade do glutamato. Embora várias hipóteses estejam em análise, nenhuma delas fornece evidências conclusivas abrangentes para todos os casos da doença.

No campo do tratamento, diversas abordagens são empregadas, destacando-se os tratamentos farmacológicos, eletroconvulsoterapia e tratamentos psicossociais. Os neurolépticos são comumente utilizados, mas em alguns casos, especialmente quando há resistência aos tratamentos tradicionais, drogas antipsicóticas atípicas como a clozapina podem ser prescritas. A terapia psicossocial visa fornecer suporte para o desenvolvimento de habilidades para uma vida independente, sendo valiosa tanto para o paciente quanto para seus familiares.

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